Das provações

Tenho deixado marcas, passos. Divagações em linhas curvas. A Brasília, minha Brasília, virou nossa. Já não o era? Confundo os passos dados com os que vem. Vai e vem. Deixo para os mais velhos as preocupações mais distantes. Estou disforme, moldada em suas mãos fortes. Seu corpo alto. Dez anos. Estou atrasada seis anos. Você adiantou-se cinco, para poder me acompanhar. Acostumei, muito mal, ou outros. Sempre levanto a capa protetora para eles. Materna. Não, não é mais a minha capa. Agora, o contrário faz valer. Sou fraca. Dócil. E, desta vez, protegida. Provar o veneno alheio é anestésico.